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Alagoas

Ufal celebra Acordo de Cooperação com a Embrapa para pesquisa

Durante a reunião, reitora solicitou também apoio em pesquisas conjuntas nas áreas de caprinocultura e ovinocultura

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) assinou, na última segunda-feira (18), um Acordo de Cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, objetivando estabelecer a integração e a execução de trabalhos de pesquisa agropecuária entre as duas instituições, especialmente nas áreas de caprinocultura e ovinocultura.

A Embrapa tem uma unidade de execução de pesquisa instalada no Centro de Ciências Agrárias (Ceca), desde 2006, ligada à regional Tabuleiros Costeiros, com sede em Aracaju. As pesquisas previstas no acordo são direcionadas ao mapeamento genético de caprinos para fins reprodutivos e de adaptação às condições de criação. Também são destinadas ao combate ao inseto que provoca a língua azul, uma doença infecciosa, não contagiosa, que pode provocar restrições de comercialização da carne de caprinos e ovinos.

Na oportunidade, a reitora Valéria Correia ressaltou o papel da Embrapa no desenvolvimento do setor agropecuário. "Sabemos do leque de linhas de pesquisa desenvolvidas pela Embrapa, que abarca desde as grandes produções agroindustriais até o apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar. É neste segundo aspecto que queremos investir prioritariamente, dentro da nossa proposta de sermos uma universidade socialmente referenciada, ou seja, voltada para a maioria da população", colocou a reitora.

A reitora destacou, ainda, a importância de se estabelecer parcerias neste momento de dificuldades de financiamento para a pesquisa. "Temos também o suporte da Fundação de Apoio à Pesquisa de Alagoas (Fapeal). Temos de somar esforços para garantir infraestrutura e qualidade às pesquisas, superando este contexto de contingenciamento e cortes de verbas", ressaltou Valéria Correia.

Ainda na assinatura do acordo, Valéria relatou a articulação dos reitores das Ifes no sentido de garantir a liberação de verbas de custeio, mantendo a descentralização dos recursos de capital. "Apesar da crise, somos otimistas. Tanto que, na mesma sessão do Conselho Universitário (Consuni) em que aprovamos este acordo com a Embrapa, também foram aprovados novos onze cursos de pós-graduação. Além disso, abraçamos o desafio de sediar a próxima reunião anual da Sociedade para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2018", destacou a reitora.

O chefe da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Moacir Macêdo, por sua vez, relatou o histórico de compromisso da empresa com o desenvolvimento regional da agricultura e da pecuária e destacou a importância da cooperação com a Ufal. "Este é um momento histórico e fico orgulhoso em fazer parte dele. Na Embrapa, também estamos enfrentando a redução de recursos financeiros, buscando superar etse momento com o fortalecimento das parcerias e a captação de recursos externos por meio de editais", explicou Moacir.

Já o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Alejandro Frery, destacou as várias possibilidades no estreitamento desta parceria. "Queremos agendar uma visita para identificar interesses comuns entre os pesquisadores da Embrapa e da Ufal, não só no Ceca, mas também em outras unidades. Também queremos cadastrar os pesquisadores da Embrapa que tiverem interesse em constar no nosso banco de pesquisadores, contribuindo para dar mais agilidade à divulgação de editais e permitindo uma identificação das linhas de pesquisa", explicou o pró-reitor.

Semente crioula e agroecologia

Na ocasião, a reitora Valéria Correia também solicitou apoio para uma demanda importante relacionada ao fortalecimento da agricultura familiar em Alagoas. "Queremos apoiar os pequenos e médios agricultores na identificação e preservação das sementes crioulas, que são fundamentais para a agroecologia. Para tal, são necessárias pesquisas para se examinar estas sementes", destacou a reitora da Ufal.

As sementes crioulas são aquelas que não passaram por processos de melhoramento genético ou outras intervenções demandadas pelas grandes empresas agrícolas em busca de produtividade. São sementes guardadas por agricultores familiares para fugir aos preços altos das sementes fornecidas pelo agronegócio. Em Alagoas, existe uma mobilização para preservação dessas sementes, por meio da Articulação Semiárido de Alagoas (Asa), que conta com o apoio da Ufal e da Rede Alagoana de Agroecologia.

Em abril deste ano, a Ufal sediou o 7º Encontro Estadual da Rede Sementes da Resistência, reunindo comunidades de agricultores do Semiárido que defendem a semente crioula como forma de resistência. "Acompanhamos as discussões sobre a biodiversidade defendida por esses agricultores e agricultoras, que se intitulam guardiões e guardiãs de sementes do Semiárido e da Zona da Mata alagoana, e queremos contribuir com este importante processo de fortalecimento da agroecologia", concluiu a reitora.

Notícia adaptada pela Equipe Capril Virtual com informações Gazeta Web (20/09/2017)

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