Saber se uma cabra ou ovelha está prenhe pode trazer muitos benefícios à criação. Mas o diagnóstico em si é apenas uma ferramenta, ou seja, não traz benefícios por si só.

Se o produtor apenas realizar o exame, torna-se um custo.

Para que se torne um investimento, tendo retorno, é preciso tomar atitudes com o resultado do exame:

- descartar as fêmeas vazias e com isso “liberar espaço” na propriedade para as fêmeas que vão produzir;

- separar as prenhes das vazias (caso não as venda nesse momento) para dar atenção melhor às prenhes (nutrição e manejo sanitário);

- refazer a estação de monta caso tenha havido uma falha na cobertura (maior parte das fêmeas vazias).

Resumindo: fazer só para saber e não utilizar essa informação para melhorar o manejo, é somente um custo a mais na produção. Melhor nem fazer.

Existem vários métodos para realizar o diagnóstico de gestação, cada um com suas vantagens.

Embora o diagnóstico de gestação por ultrassom tenha se tornado mais barato nos últimos anos, em algumas regiões ainda há dificuldades para sua realização, principalmente pelo alto custo do equipamento. Para um técnico investir num ultrassom, precisa ter um volume de diagnósticos considerável para viabilizar o investimento.

Como alternativa para técnicos e produtores, há um pequeno aparelho para auscultar os batimentos cardíacos do feto (cordeirinho / cabritinho) que possibilita o diagnóstico a partir dos 30 dias de gestação e chegando a 95% de eficácia aos 60 dias. Uma das vantagens é seu baixo custo, permitindo que até pequenos produtores o possam adquirir.

Opções para realizar o diagnóstico existem. Basta saber se o resultado será utilizado para melhorar o manejo (e ganhar mais dinheiro com a atividade) ou será somente um custo a mais na atividade.